Título: Guerra
Autor: Guilherme Aniceto
Editora: Penalux
Páginas: 90
Estrelas: 4/5
Livro: Cortesia da Editora
Se desejamos a paz, preparemo-nos para a guerra. A luta, literária ou social, exige que tenhamos a capacidade de compreender as ideias que acompanham a palavra, ou de edificar nossos baluartes onde possamos nos defender com a segurança esperada, e enfrentar o adversário que se oculta nas trilhas sombrias das injustiças. A verve poética de Guilherme Aniceto transcende o inconformismo. Representa no front um grito contra a violação da liberdade, no seu mais amplo sentido,decorrente das mais variadas manifestações do juízo de valor antecipado. Tendo como escudo o seu verso, o poeta demonstra o seu amadurecimento literário ao mesmo tempo em que faz seu protesto contra a atual conjuntura política e social instalada, lamentavelmente, nas sociedades modernas.

A poesia é uma forma que todo autor encontra de se expressar
e fazer com que o leitor reflita sobre o tema que lhe é proposto. Contudo, essa
obra é muito mais do que isso, é também fazer com que ele repense a sua maneira
de ver o mundo.
"Ninguém tem pena de nósHoje não há poema.Os livros estão engavetados.As gravatas sufocam.Os telefones soltam a voz.Os grampos amarram os papéis.As redes não descansam.Houve vazamentos.A esperança foi soterrada.
E a pena foi a única a safar-se do trabalho.Em tempo, aposentou-se."
Nessa obra, o autor Guilherme Aniceto procura transcrever
todos os sentimentos que estavam entranhados em sua alma para o papel, com o
objetivo de lutar pelo respeito, as diversidades e ao livre arbítrio, é claro,
de forma poética. Pois segundo ele, essa poesia será uma proposta de
renascimento, o começo de outra vida, melhor e maior, um produto da luta contra
o preconceito, a intolerância, ao fundamentalismo, a homo-bi-transfobia, ao
racismo, à misoginia e a toda forma de opressão que nos imponha limites.